segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Meu primeiro Natal


Mais um ano se passou
Mais um Natal chegou.

Ah! Gostaria de ter hoje o olhar da criança
Deslumbrada com as cores e luzes do céu
Ansiosa por encontrar o Papai Noel.

Mais um ano se passou
Mais um Natal chegou.

Ah! Gostaria de ter hoje o ardor daquela jovem
Que descobriu o amor de Deus em seu coração
E vai falar de Jesus e conduzir a família à oração.

Mais um ano se passou
Mais um Natal chegou.

Ah! Gostaria de ter hoje a dedicação daquele pai
Que pela primeira vez pôde comprar um presente
Pros seus filhos e ajudar uma família carente.

Mais um ano se passou
Mais um Natal chegou.

Ah! Gostaria de ter hoje o amor daquele missionário
Que dedica aos mais pobres sua vida
E o Natal com muita festa e comida.

Mais um ano se passou
Mais um Natal chegou.

Ah! Gostaria de ter hoje a esperança daquele casal
Que não tem mais pai, mãe nem família
Mas celebram o Natal com fé e alegria.

Mais um ano se passou
Mais um Natal chegou.

Ah! Eu gostaria de ter hoje a fé de José e Maria
Que deram seu sim nas trevas e na luz
Para hoje nos ofertar no presépio Jesus.

No presépio:
Jesus

Jesus

O que era velho passou!
É Ele! Jesus chegou!

Sou a criança, sou o jovem
Sou o pai, o missionário
Sou o casal: José e Maria
Sou nova criatura
Um tempo novo se inicia!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

haiku

Spring came in blue
The tower stands lonely
Seeks warmth in the sun.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

«Cântico das Criaturas», de S. Francisco de Assis

Altíssimo, Onipotente, Bom Senhor
Teus são o Louvor, a Glória,
a Honra e toda a Bênção.

Louvado sejas, meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas,
especialmente o senhor irmão Sol,
que clareia o dia e que,
com a sua luz, nos ilumina.
Ele é belo e radiante,
com grande esplendor;
de Ti, Altíssimo, é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã Lua e pelas estrelas,
que no céu formaste, claras.
preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor.
pelo irmão vento,
pelo ar e pelas nuvens,
pelo sereno
e por todo o tempo
em que dás sustento
às Tuas criaturas.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela irmã água, útil e humilde,
preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor,
pelo irmão fogo,
com o qual iluminas a noite.
Ele é belo e alegre,
vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela nossa irmã, a mãe terra,
que nos sustenta e governa,
produz frutos diversos,
flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor,
pelos que perdoam pelo Teu amor
e suportam as enfermidades
e tribulações.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela nossa irmã, a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.

Louvai todos e bendizei o meu Senhor!
Dai-Lhe graças e servi-O
com grande humildade!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Diet did it (Grin Moore)


I once was fat and flabby,
I couldn’t even run.
Now I’m lean and happy;
can’t count the races I have won.

It was a major change in food
with oats as my main course.
The reason that I run so good –
I eat just like a horse.

Lama (Ogden Nash)

The one-l lama,
He's a priest;
The two-l llama,
He's a beast.
And I will bet
A silk pajama
There isn't any
Three-l lllama.

Fire and Ice (Robert Frost)

Some say the world will end in fire,
Some say in ice.
From what I've tasted of desire
I hold with those who favor fire.
But if it had to perish twice,
I think I know enough of hate
To say that for destruction ice
Is also great
And would suffice. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Consanguíneos (Adélia Prado)

Não há culpados para a dor que eu sinto.
É Ele, Deus, quem me dói pedindo amor
como se fora eu Sua mãe e O rejeitasse.
Se me ajudar um remédio a respirar melhor,
obteremos clemência, Ele e eu.
Jungidos como estamos em formidável parelha,
enquanto Ele não dorme eu não descanso.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

The Bells (Edgar Allan Poe)


I

Hear the sledges with the bells-
Silver bells!
What a world of merriment their melody foretells!
How they tinkle, tinkle, tinkle,
In the icy air of night!
While the stars that oversprinkle
All the heavens, seem to twinkle
With a crystalline delight;
Keeping time, time, time,
In a sort of Runic rhyme,
To the tintinnabulation that so musically wells
From the bells, bells, bells, bells,
Bells, bells, bells-
From the jingling and the tinkling of the bells. 
 
II
Hear the mellow wedding bells,
Golden bells!
What a world of happiness their harmony foretells!
Through the balmy air of night
How they ring out their delight!
From the molten-golden notes,
And all in tune,
What a liquid ditty floats
To the turtle-dove that listens, while she gloats
On the moon!
Oh, from out the sounding cells,
What a gush of euphony voluminously wells!
How it swells!
How it dwells
On the Future! how it tells
Of the rapture that impels
To the swinging and the ringing
Of the bells, bells, bells,
Of the bells, bells, bells,bells,
Bells, bells, bells-
To the rhyming and the chiming of the bells!
 
III
Hear the loud alarum bells-
Brazen bells!
What a tale of terror, now, their turbulency tells!
In the startled ear of night
How they scream out their affright!
Too much horrified to speak,
They can only shriek, shriek,
Out of tune,
In a clamorous appealing to the mercy of the fire,
In a mad expostulation with the deaf and frantic fire,
Leaping higher, higher, higher,
With a desperate desire,
And a resolute endeavor,
Now- now to sit or never,
By the side of the pale-faced moon.
Oh, the bells, bells, bells!
What a tale their terror tells
Of Despair!
How they clang, and clash, and roar!
What a horror they outpour
On the bosom of the palpitating air!
Yet the ear it fully knows,
By the twanging,
And the clanging,
How the danger ebbs and flows:
Yet the ear distinctly tells,
In the jangling,
And the wrangling,
How the danger sinks and swells,
By the sinking or the swelling in the anger of the bells-
Of the bells-
Of the bells, bells, bells,bells,
Bells, bells, bells-
In the clamor and the clangor of the bells! 
 
IV
Hear the tolling of the bells-
Iron Bells!
What a world of solemn thought their monody compels!
In the silence of the night,
How we shiver with affright
At the melancholy menace of their tone!
For every sound that floats
From the rust within their throats
Is a groan.
And the people- ah, the people-
They that dwell up in the steeple,
All Alone
And who, tolling, tolling, tolling,
In that muffled monotone,
Feel a glory in so rolling
On the human heart a stone-
They are neither man nor woman-
They are neither brute nor human-
They are Ghouls:
And their king it is who tolls;
And he rolls, rolls, rolls,
Rolls
A paean from the bells!
And his merry bosom swells
With the paean of the bells!
And he dances, and he yells;
Keeping time, time, time,
In a sort of Runic rhyme,
To the paean of the bells-
Of the bells:
Keeping time, time, time,
In a sort of Runic rhyme,
To the throbbing of the bells-
Of the bells, bells, bells-
To the sobbing of the bells;
Keeping time, time, time,
As he knells, knells, knells,
In a happy Runic rhyme,
To the rolling of the bells-
Of the bells, bells, bells:
To the tolling of the bells,
Of the bells, bells, bells, bells-
Bells, bells, bells-
To the moaning and the groaning of the bells. 
 

I am a pencil (André Deschamps)


I am a pencil
You hold me tight
With your rough hands
So I can write
My tale of love.

I am a pencil
Others regard
A mere utensil
But touch my eyes
The heart of the leaves.
That is my prize:
To leave my mark.

I’m just a pencil
Anxious to write
Something that might
The hearts ignite.
 I have no rubber
On the top of my head.
Even my doodles
Are meaningful.

Alas! I’m a pencil!
I’ m torn between
what has gone
and what’s yet to come
The more I write
the more of me I see
The more I write
The less of me is left.
The more I write
the more I need
Your sharpening.

Yea! I’m a pencil!
I have to move on
For fear that you
Would not hold me
Anymore, for fear
That you would leave
me, lonely, useless.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"Negro" by Langston Hughes



I am a Negro:
Black as the night is black,
Black like the depths of my Africa.

I’ve been a slave:
Caesar told me to keep his door-steps clean.
I brushed the boots of Washington.

I’ve been a worker:
Under my hand the pyramids arose.
I made mortar for the Woolworth Building.

I’ve been a singer:
All the way from Africa to Georgia
I carried my sorrow songs.
I made ragtime.

I’ve been a victim:
The Belgians cut off my hands in the Congo.
They lynch me still in Mississippi.

I am a Negro:
Black as the night is black,
Black like the depths of my Africa.

“I'm Nobody! Who are you?”(260) by Emily Dickinson




I’m Nobody! Who are you?
Are you – Nobody – too?
Then there's a pair of us?
Don't tell! they'd advertise – you know!

How dreary – to be – Somebody!
How public – like a Frog – 
To tell one's name – the livelong June – 
To an admiring Bog!