You cannot put a fire out;
A thing that can ignite
Can go, itself, without a fan
Upon the slowest night.
You cannot fold a flood
And put it in a drawer, -
Because the winds would find it out,
And tell your cedar floor.
domingo, 16 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
best wishes - André Deschamps
I wish I could wish
The wish you asked me to wish
When you asked me
“What do you wish?”
After three days without
Catching one single fish.
And your asking keeps me
Haunting, keeps me
Asking, keeps me
Anguishing, keeps me
Wishing that I wished.
On this cold winter night
When I wish to light
The ashes in this fireplace
In this fireplace the ashes
Won’t light unless
I wish what you wish
I would wish.
The wish you asked me to wish
When you asked me
“What do you wish?”
After three days without
Catching one single fish.
And your asking keeps me
Haunting, keeps me
Asking, keeps me
Anguishing, keeps me
Wishing that I wished.
On this cold winter night
When I wish to light
The ashes in this fireplace
In this fireplace the ashes
Won’t light unless
I wish what you wish
I would wish.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Stop all the clocks, cut off the telephone - W.H. Auden
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.
The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.
The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.
domingo, 9 de agosto de 2009
Nomes - André Deschamps
Isabel
Bel
Bebel
Belzinha
Isabelita
Béuôôô!
Meu amor
Amorzinho
Princesa
Princesinha
Filhinha
Coisa linda
Girl
Menina
Menininha
Mocinha
Moça Bonita
Peruinha
Pirueta
Dona Maria
Mariazinha
Maria Joaquina
Minha filha.
Dei-te um nome.
Um. Único.
Tua identidade.
Criei-te muitos.
Criei-te muitas vezes.
Tua e minha
Identidade.
Bel
Bebel
Belzinha
Isabelita
Béuôôô!
Meu amor
Amorzinho
Princesa
Princesinha
Filhinha
Coisa linda
Girl
Menina
Menininha
Mocinha
Moça Bonita
Peruinha
Pirueta
Dona Maria
Mariazinha
Maria Joaquina
Minha filha.
Dei-te um nome.
Um. Único.
Tua identidade.
Criei-te muitos.
Criei-te muitas vezes.
Tua e minha
Identidade.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Poesia - Carlos Drummond de Andrade
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Uma pedra é uma pedra - Ferreira Gullar
uma pedra
(diz
o filósofo, existe
em si,
não para si
como nós)
uma pedra
é uma pedra
matéria densa
sem qualquer luz
não pensa
ela é somente sua
materialidade
de cousa:
não ousa
enquanto o homem é uma
aflição
que repousa
num corpo
que ele
de certo modo
nega
pois que esse corpo morre
e se apaga
e assim
o homem tenta
livrar-se do fim
que o atormenta
e se inventa
(diz
o filósofo, existe
em si,
não para si
como nós)
uma pedra
é uma pedra
matéria densa
sem qualquer luz
não pensa
ela é somente sua
materialidade
de cousa:
não ousa
enquanto o homem é uma
aflição
que repousa
num corpo
que ele
de certo modo
nega
pois que esse corpo morre
e se apaga
e assim
o homem tenta
livrar-se do fim
que o atormenta
e se inventa
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Estranheza do mundo - Ferreira Gullar
Olho a árvore e indago:
está aí para quê?
O mundo é sem sentido
quanto mais vasto é.
Esta pedra esta folha
este mar sem tamanho
fecham-se em si, me
repelem.
Pervago em um mundo estranho.
Mas em meio à estranheza
do mundo, descubro
uma nova beleza
com que me deslumbro:
é teu doce sorriso
é tua pele macia
são teus olhos brilhando
é essa tua alegria.
Olho a árvore e já
não pergunto "para quê"?
A estranheza do mundo
se dissipa em você.
está aí para quê?
O mundo é sem sentido
quanto mais vasto é.
Esta pedra esta folha
este mar sem tamanho
fecham-se em si, me
repelem.
Pervago em um mundo estranho.
Mas em meio à estranheza
do mundo, descubro
uma nova beleza
com que me deslumbro:
é teu doce sorriso
é tua pele macia
são teus olhos brilhando
é essa tua alegria.
Olho a árvore e já
não pergunto "para quê"?
A estranheza do mundo
se dissipa em você.
domingo, 2 de agosto de 2009
To see a World in a Grain of Sand - William Blake
To see a World in a Grain of Sand
And a Heaven in a Wild Flower,
Hold Infinity in the palm of your hand
And Eternity in an hour.
And a Heaven in a Wild Flower,
Hold Infinity in the palm of your hand
And Eternity in an hour.
sábado, 1 de agosto de 2009
There is a pleasure in the pathless woods - Lord Byron
There is a pleasure in the pathless woods,
There is a rapture on the lonely shore,
There is society, where none intrudes,
By the deep sea, and music in its roar:
I love not man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne'er express, yet cannot all conceal.
There is a rapture on the lonely shore,
There is society, where none intrudes,
By the deep sea, and music in its roar:
I love not man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne'er express, yet cannot all conceal.
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